Republicanos pedem pena de morte para provável fonte do Wikileaks
Republicanos pedem pena de morte para provável fonte do Wikileaks
Enquanto o criador do WikiLeaks, Julian Assange, recebe atenção mundial pelos vazamentos de documentos secretos, a provável fonte deles é mantida isolada e vê TV, onde se informa sobre o alcance de sua suposta ação.
Trata-se do soldado Bradley Manning, 22, um analista de inteligência do Exército americano que esteve no Iraque e está preso desde maio.
O militar enfrentará julgamento por supostamente copiar telegramas diplomáticos e pelo vazamento de relatórios sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.
Ele ainda é acusado de vazar vídeo que mostra o ataque de um helicóptero militar a civis iraquianos.
Mas republicanos - como Mike Huckabee - querem que o responsável seja acusado de traição e condenado à pena de morte.
Nascido em 1987 no Estado de Oklahoma, Manning alistou-se aos 18 anos. Após receber treinamento como analista de inteligência, foi enviado para Nova York e depois para a Guerra do Iraque.
Mas ficar isolado, no meio do deserto, parecia ser pouco para as ambições do soldado.
Em maio, Manning contatou Adrian Lamo, hacker americano que invadiu a página do "New York Times", Yahoo e outras empresas antes de se entregar ao FBI.
O "El País" diz que mensagens entre os dois ficaram armazenadas no computador de Lamo, que informou ao Pentágono sobre o assunto.
Ao jornal, Lamo confirmou que Manning é mesmo a fonte dos vazamentos. "Se tivesse acesso sem precedentes a redes restritas 14 horas por dia, setes dias por semana, durante mais de oito meses, o que faria?", questionou em conversa com o hacker em 21 de maio.
No dia seguinte, Manning confessou que havia feito o download de centenas de milhares de documentos de redes secretas do Pentágono.
E tinha uma prova: um telegrama da Embaixada dos EUA em Rejkiavik, no qual se relata uma reunião entre autoridades islandesas e um assessor do embaixador britânico, que fora publicado pelo WikiLeaks em fevereiro.
Nas conversas com Lamo, o soldado diz ainda que tinha um contato com Assange.
O soldado descreveu até como fazia as cópias: entrava na sala com um CD da Lady Gaga, por exemplo, e, enquanto fingia cantar uma das músicas, apagava seu conteúdo e copiava dados da inteligência em seu lugar.
Ressentimento
Em suas conversas com Lamo, Manning demonstra frustração e ressentimento com o Exército e com os EUA. E teria confessado: "[...] Bem, enviei ao WikiLeaks. Deus sabe o que acontecerá agora. Espero que haja uma grande discussão mundial, debates, reformas".
O soldado está isolado em uma cela na base de Quantico, em Virgínia, onde é submetido a avaliações mentais.
Até agora, o Exército apenas apresentou acusações contra ele pelo roubo de dois vídeos de guerra e pelo vazamento de 50 telegramas. Por isso, ele pode ser condenado a 52 anos de prisão.
O julgamento pode ocorrer no primeiro semestre de 2011.
Fonte: Folha Online
Enquanto o criador do WikiLeaks, Julian Assange, recebe atenção mundial pelos vazamentos de documentos secretos, a provável fonte deles é mantida isolada e vê TV, onde se informa sobre o alcance de sua suposta ação.
Trata-se do soldado Bradley Manning, 22, um analista de inteligência do Exército americano que esteve no Iraque e está preso desde maio.
O militar enfrentará julgamento por supostamente copiar telegramas diplomáticos e pelo vazamento de relatórios sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.
Ele ainda é acusado de vazar vídeo que mostra o ataque de um helicóptero militar a civis iraquianos.
Mas republicanos - como Mike Huckabee - querem que o responsável seja acusado de traição e condenado à pena de morte.
Nascido em 1987 no Estado de Oklahoma, Manning alistou-se aos 18 anos. Após receber treinamento como analista de inteligência, foi enviado para Nova York e depois para a Guerra do Iraque.
Mas ficar isolado, no meio do deserto, parecia ser pouco para as ambições do soldado.
Em maio, Manning contatou Adrian Lamo, hacker americano que invadiu a página do "New York Times", Yahoo e outras empresas antes de se entregar ao FBI.
O "El País" diz que mensagens entre os dois ficaram armazenadas no computador de Lamo, que informou ao Pentágono sobre o assunto.
Ao jornal, Lamo confirmou que Manning é mesmo a fonte dos vazamentos. "Se tivesse acesso sem precedentes a redes restritas 14 horas por dia, setes dias por semana, durante mais de oito meses, o que faria?", questionou em conversa com o hacker em 21 de maio.
No dia seguinte, Manning confessou que havia feito o download de centenas de milhares de documentos de redes secretas do Pentágono.
E tinha uma prova: um telegrama da Embaixada dos EUA em Rejkiavik, no qual se relata uma reunião entre autoridades islandesas e um assessor do embaixador britânico, que fora publicado pelo WikiLeaks em fevereiro.
Nas conversas com Lamo, o soldado diz ainda que tinha um contato com Assange.
O soldado descreveu até como fazia as cópias: entrava na sala com um CD da Lady Gaga, por exemplo, e, enquanto fingia cantar uma das músicas, apagava seu conteúdo e copiava dados da inteligência em seu lugar.
Ressentimento
Em suas conversas com Lamo, Manning demonstra frustração e ressentimento com o Exército e com os EUA. E teria confessado: "[...] Bem, enviei ao WikiLeaks. Deus sabe o que acontecerá agora. Espero que haja uma grande discussão mundial, debates, reformas".
O soldado está isolado em uma cela na base de Quantico, em Virgínia, onde é submetido a avaliações mentais.
Até agora, o Exército apenas apresentou acusações contra ele pelo roubo de dois vídeos de guerra e pelo vazamento de 50 telegramas. Por isso, ele pode ser condenado a 52 anos de prisão.
O julgamento pode ocorrer no primeiro semestre de 2011.
Fonte: Folha Online
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