quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Farewell - Pablo Neruda

" Um de meus versos pareceu desprender-se daquele livro imaturo e fazer seu próprio caminho : é o "Fareweell", que aé agora muita gente sabe de memória por onde vou. Nos lugaresa mais inesperados recitavam -no de memória ou me pediam que eu fizesse. Anda qye muito me aborrecesse, mal era paresentado numa reunião uma moça começava a elevar o tom da voz com aqueles versos obsedantes, e às vezes ministros de estado me recebiam perfilando - se militarmente diante de mim e espantando-me a primeira estros....

Cofesso que Vivi Pablo neruda pagina 47

Agora confiram o poema que tanto impresionou o mestre das poesias.


FAREWELL

1

Desde o fundo de ti, e ajoelhado
um menino triste, como eu, nos olha.

Pela vida que arderá nas suas veias
teriam que amarrar-se nossas vidas.

Por essas mãos, filhas das tuas,
teriam que matar as minhas mãos.

Pelos seus olhos abertos na terra
verei nos teus lágrimas um dia.


2

Eu não o quero, Amada.

Para que nada nos amarre
que nada nos una.

Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que disseram as palavras.

Nem a festa de amor que não tivemos,
nem os soluços junto à janela.


3

(Amo o amor dos marinheiros
que beijam e partem.

Deixam uma promessa.
Não voltam nunca mais.

Em cada porto uma mulher espera:
os marinheiros beijam e partem.

Uma noite deitam-se com a morte
no leito do mar.


4

Amo o amor que se reparte
em beijos, leite e pão.

Amor que pode ser eterno
ou que pode ser fugaz.

Amor que quer libertar-se
para voltar a amar.

Amor divinizado que se chega
amor divinizado que se vai.)


5

Já não se encantarão meus olhos nos teus,
já não abrandará junto a ti minha dor.

Mas onde quer que vá levarei o teu rosto
e onde quer que vás levarás a minha dor.

Fui teu, foste minha. Que mais? Juntos demos
uma volta no caminho por onde o amor passou.

Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te amar,
do que colher no teu jardim o que eu semeei.

Vou-me embora. Estou triste: estou sempre triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.

... Do teu coração diz-me adeus um menino.
E eu digo-lhe adeus.



PABLO NERUDA - "Crepusculario".
Barcelona, Planeta, 1990.








Farewell


Desde el fondo de ti, y arrodillado,
un niño triste, como yo, nos mira.

Por esa vida que árdera en sus venas
tendrían que amarrarse nuestras vidas.

Por esas manos , hijas de tus manos,
tendrían que matar las manos mías.

Por sus ojos abiertos en la tierra.
veré en los tuyos lágrimas un día.

2

Yo no lo quiero, Amada.

Para que nada nos amarre
que no nos una nada.

Ni la palabra que aromó tu boca,
ni lo que no dijeron las palabras.

Ni la fiesta de amor que no tuvimos,
ni sollozos junto a la ventana.

3

Amo el amor de los marineros
que besan y se van.

Dejan una promesa.
No vuelven nunca más.

En cada puerto una mujer espera:
los marineros besan y se van.

Una noche se acuestan con la muerte
en el lecho del mar.

4

Amo el amor que se reparte
en besos, lecho y pan.

Amor que puede ser eterno
y puede ser fugaz.

Amor que quiere libertarse
para volver amar.

Amor divinizado que se acerca
Amor divinizado que se va.)

5

1 Comments:

Blogger Getúlio Vargas Júnior said...

eu estava postando este poema e citando examente isto
este é o poema que mais gosto de neruda e quando eu li confesso que vivi eu ficou chocado ao saber deste comentário dele por crepusculário

parabéns pelo bom gosto

visite

www.aghape.blogspot.com

11:58 da manhã  

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